segunda-feira, 17 de maio de 2010

Deus — o generoso dono-de-casa

SUPONHAMOS que você esteja viajando e procurando um lugar adequado para passar as férias. Depois de ir bastante longe, até uma região isolada, encontra um belo jardim. Vê uma casa e chega-se a ela para perguntar a respeito duma possível hospedagem. Para a sua surpresa, há um letreiro na porta, que reza: ‘Bem-vindo. Sinta-se como em casa’! Entrando na casa, encontra tudo o que poderia desejar para uma vida confortável: água, aquecimento, luzes, e mais uma despensa bem provida, com um letreiro: ‘Sirva-se à vontade.’ Qual seria a sua reação? Diria: ‘Isso é inacreditável! Quão generoso e bondoso deve ser o dono desta casa!’?

 Na realidade, esta ilustração se ajusta à situação do homem em relação com o Criador da terra, Deus. Veja como o Criador, tal como um generoso dono-de-casa, fez provisões para os que vieram a habitar neste “lar” planetário, a terra:

 Um bom lar costuma ter luz, usualmente no teto, e uma suave luz noturna, para que seus moradores não estejam em total escuridão durante toda a noite. A terra tem o sol como fonte primária de luz e a suave luz da lua para ‘dominar a noite’. — Gênesis 1:14-18.

 A casa tem uma fonte de energia para aquecimento, para a operação de aparelhos, e assim por diante. A terra tem o sol. Este não só banha a terra com energia, que pode ser utilizada pelo homem e pela vida vegetal, mas a sua ação, no decorrer dos séculos, proveu uma enorme quantidade de combustível, especialmente combustíveis fósseis, tais como carvão e petróleo. Assim como numa casa bem abastecida, estes se encontram armazenados no “porão” da terra, para serem usados sempre que preciso.

 Neste “porão”, o Criador colocou também bondosamente ricos depósitos de metais, e deu ao homem a capacidade de encontrar meios para extraí-los dos minérios. Para o agrado especial dos homens e especialmente das mulheres, Ele colocou também neste “porão” pedras preciosas que aumentam o prazer na vida, bem como substâncias químicas essenciais para a vida.

 Uma casa precisa também dum bom sistema de encanamento. O “sistema de encanamento” de nossa “casa” terrena é uma maravilha. Se o homem pudesse construir uma montanha, ajuntando um grande montão de rochas e terra, poderiam os homens que vivessem nela obter água pura, fresca e agradável de mananciais nas suas encostas? Vimos montes enormes, criados pelos homens, nas vizinhanças de minas e eles são apenas manchas feias na paisagem. Considere, pois, os princípios maravilhosos de engenharia envolvidos no sistema complexo de canais e pressões subterrâneas, pelo qual a terra, mesmo os montes mais altos, têm um suprimento de água. E onde há pouca ou nenhuma chuva, tal como no deserto do Saara, há lugares onde só é preciso cavar um pouco para se encontrar água.

 Assim como em muitas residências boas, onde o piso é coberto para ter beleza e para dar conforto, o Criador também “atapetou” a terra com vegetação, flores e florestas. E com apenas um pouquinho de paisagismo, quão depressa um lugar desolado pode ser transformado num parque! Os lugares maculados pelas atividades do homem são em pouco tempo cobertos por um “tapete” de grama. Rios poluídos, quando se impede a fonte da poluição, logo se limpam sozinhos.

 Assim como um bom lar tem uma despensa bem provida, na “despensa” da terra há toda forma de alimentos, nos campos e nos pomares, e nos oceanos. Medite na sabedoria necessária para prover de antemão a vegetação no mar e na terra, os cereais, as árvores frutíferas e as nogueiras, a fim de produzirem regularmente e com abundância durante muitos milhares de anos, para que os animais, os insetos, a vida marinha, e, finalmente, a vida humana, pudessem continuar a existir. O suprimento nunca se esgota. E a terra pode produzir em abundância para alimentar ainda muitos mais, até que Deus declare que ela está ‘cheia’, ao limite confortável. — Gênesis 1:28.

 Certamente, nenhum de nós teve qualquer coisa que ver com a fabricação desta bela “casa”. A Bíblia nos diz que é a Deus que “os céus pertencem . . ., mas a terra ele deu aos filhos dos homens”. (Sal 115:16) A maneira em que nosso lar, a terra, está equipado com todo o necessário para o usufruto da vida mostra refletido preparo. E ela nos foi dada de graça! Poderíamos desejar evidência mais convincente, como testemunho da existência dum Criador, que não somente é poderoso e sábio, mas também bondoso e generoso? Na realidade, ele disse a todos: ‘Sirvam-se’, deixando “o seu sol levantar-se sobre iníquos e sobre bons, e [fazendo] chover sobre justos e sobre injustos”. (Mateus 5:45) Realmente, se não fossem a má administração e o mau uso do potencial e dos recursos da terra, por parte do homem, as pessoas, em todos os países teriam verdadeiro prazer em viver neste belo planeta.

 O fato de que a terra, com pouca atenção por parte do homem, supriu-lhe todas as necessidades, durante séculos, lança sérias dúvidas sobre a teoria de que ela veio à existência em resultado de forças cegas. Se fôssemos aceitar esta teoria, como explicaríamos o potencial da terra, de prover as coisas para toda a sua população, animal e humana, durante milênio após milênio? Além disso, evidenciam-se, neste respeito, objetivo e desígnio. As forças cegas nunca são capazes nem de ter um objetivo, nem um desígnio preconcebido. — Jeremias 10:12.

11 A excelência de nosso lar terreno certamente é evidência convincente de que foi criado, sim, mais do que isso, de que foi criado com um objetivo específico, e que não é apenas uma experiência ou um brinquedo nas mãos de algum ser superior. Foi também projetado para existir para sempre. “A terra . . . não será abalada, por tempo indefinido ou para todo o sempre”, diz o salmista inspirado. — Salmo 104:5.

 O que a Bíblia diz sobre a preparação da terra como lar para o homem está em plena harmonia com esta conclusão, quanto ao propósito de Deus para com ela. Ficamos sabendo que, quando Deus completou os passos primários na formação e na preparação da terra, ele declarou que sua criação era ‘boa’. Ao término completo do trabalho, ele o declarou “muito bom”. (Gênesis 1:4, 10, 12, 18, 21, 25, 31) Esta declaração divina significa que a obra era perfeita e plenamente adequada para o seu objetivo — com uma excelência além da faculdade de compreensão do homem imperfeito. — Salmo 145:3-5, 16.

 Ter-se declarado que a criação terrena era ‘muito boa’ significa também que Deus não precisa intervir periodicamente, a fim de assegurar que a terra produza as coisas necessárias para a humanidade. Não, há muitos milhares de anos atrás, ele gastou muito tempo em preparar e equipar este planeta, a fim de que desempenhasse seu papel designado durante o futuro indefinido. Isto magnifica a sabedoria do Criador. De que modo?

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