segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nossa terra rochosa — modelada para a vida



VIVEMOS na superfície de imensa espaçonave, em forma de bola, composta de rochas e metais. Se pudesse cavar abaixo da superfície do solo até uma profundidade de cerca de 30 quilômetros, não encontraria nada, senão rochas sem vida, no que é chamado de revestimento da terra. A crosta, sobre a qual vivemos, composta mormente de elementos não-metálicos, por conseguinte, é uma camada muito fina sobre sextilhões de toneladas de materiais que jamais vemos, exceto no caso de alguma rocha derretida que atinge a superfície através da crosta, devido à ação vulcânica. Todavia, tudo isto é essencial, de modo a termos um lugar para viver.

Como é que os geólogos chegam às suas conclusões sobre a composição da terra? Na realidade, dispõem de métodos que perscrutam o interior de nosso planeta, a fim de obterem uma descrição experimental do interior da terra, mas admitem que o quadro talvez não seja exato. Ninguém conseguiu ainda escavar o revestimento, mesmo sob os oceanos, onde a crosta é mais fina, tendo apenas cerca de 5 a 8 quilômetros de espessura. Durante o Ano Geofísico Internacional (julho de 1957 a dezembro de 1958) fez-se um plano para realizar isto. É provável que já tenha lido a respeito, o chamado projeto “Mohole”. “Moho” é um termo abreviado, em inglês, para os limites entre a crosta e o revestimento embaixo dela. Esta tentativa de descobrir a composição da crosta e exatamente o que constituía a parte superior do revestimento fracassou, devido ao enorme custo envolvido e a falta de tecnologia para executar tal tarefa.

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