sexta-feira, 16 de abril de 2010

Aumentos Estonteantes




Em muitos países, além da escassez, houve tremendos aumentos de preços. Em meados de 1978, os motoristas na Turquia pagavam mais de três vezes pela gasolina do que pagavam apenas um ano antes. Seu preço de cerca de Cr$ 37,50 o litro era igual na França, e, em outros países, o preço realmente ultrapassou os Cr$ 50,00 o litro em fins de 1979. Os motoristas filipinos tinham de pagar cerca de duas vezes mais pela gasolina do que um ano antes, assim como os norte-americanos, que estavam há muito tempo mal-acostumados com baixos preços de combustíveis. E, em fins do verão setentrional de 1979, os ingleses pagavam quase 50 por cento mais pela gasolina do que em janeiro daquele ano. Até mesmo os preços já altos do Japão ascenderam cerca de 40 por cento num ano.

Os caminhoneiros sentiram, em especial, esse aperto, à medida que os preços do óleo diesel acompanharam o passo dos da gasolina. Conforme se queixou certo caminhoneiro de Ohio, EUA: ‘Quando só se consegue fazer 100 km com 80 ou 60 litros, isso é duro.’ E, naturalmente, tais aumentos nos custos de transporte influem no preço de quase tudo que se compra.

Os aumentos de preços nos óleos de aquecimento doméstico, em todo o mundo, são especialmente desconcertantes, porque exercem seu maior impacto sobre os pobres. As pessoas precisam aquecer-se, mesmo que não tenham carro. A partir do inverno setentrional de 1978/79, o preço médio do óleo de aquecimento nas nações da Comunidade Econômica Européia subiu mais de 60 por cento até o outono setentrional, e continuou a aumentar rápido. Os suíços e alemães sofreram quase uma duplicação nos preços do óleo em fins do verão setentrional de 1979. Diz-se que muitos cancelaram seus planos de férias por causa disso

Nos Estados Unidos, onde se esperava que os preços do óleo de aquecimento aumentassem tremendamente no inverno setentrional de 1979/80, declarava o Times de Nova Iorque: “A família mediana de baixa renda que utiliza óleo (como o fazem a maioria das famílias do Nordeste, não importa qual seja sua renda) irá notar que sua conta de óleo de aquecimento aumentará em US$ 400 ou mais, o que será grande golpe financeiro sofrido.” Visto que os custos do aquecimento das empresas subirão quase na mesma taxa, os preços de alimentos e outras necessidades também sofrerão aumentos, naqueles países.

Todos esses aumentos de preços estão lançando os países em desenvolvimento, muitos deles já afundados em enormes dívidas, ainda mais para a beira da falência, com conseqüências ominosas para o sistema econômico mundial. Programas terrivelmente necessários de modernização terão de ser desacelerados ou parados.

Tudo isto faz das limitações energéticas cada vez mais uma realidade do mundo. Existe algo que, pessoalmente, possamos fazer a respeito, pelo menos para reduzir o efeito disso em nossa própria vida e, desta forma, contribuir para a preservação geral de energia?

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