quarta-feira, 21 de abril de 2010

Os Mais Antigos Observam os Porcos Selvagens



No entanto, alguns não ficaram tão preocupados. Certos residentes mais antigos observaram que os porcos selvagens e outros animais ainda não haviam abandonado suas casas nos matagais das encostas do Mayon. Por isso, tais pessoas concluíram que ainda não havia um perigo imediato de uma grande erupção. Um dos mais antigos, segundo relatado, não se dispunha a abandonar sua casa. Por quê? Bem, ele se lembrava de que, em 1968, conseguira sentir o cheiro da fumaça de enxofre emanada do vulcão em erupção. Achava que não havia real perigo até sentir de novo essa fumaça.
No ínterim, continuava a atividade da montanha. Em 15 de maio, grandes explosões e fortes tremores eram discerníveis a cerca de 24 quilômetros de distância. Lançavam-se nuvens de cinzas a 760 metros acima do cume. A lava já havia fluído até a área florestal, e algumas árvores tinham sido incendiadas. Logo depois, pesadas cinzas obrigavam mais pessoas a deixar suas casas. Uma família queixava-se de que não conseguia ingerir sua comida por causa da cinza que caía sobre ela. Aumentava o número de refugiados.
Nuvens carregadas de cinza subiam agora a 1.500 metros no ar. Alegadamente, rochas tão grandes quanto casas estavam sendo lançadas a 183 metros acima da borda da cratera. Correntes de lava incandescente, rubras, continuavam a descer pelas encostas da montanha. No ínterim, 22 centros de evacuação abrigavam mais de 20.000 retirantes.

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