sexta-feira, 16 de abril de 2010

Regula-se o Termostato Global Para o Tempo Ficar Mais Quente




É provável que tenha aprendido na escola que a atmosfera se compõe de 99 por cento de oxigênio e nitrogênio. Todavia, estes gases não bloqueiam os raios infravermelhos. Alguns dos gases contidos no 1 por cento restante, junto com o vapor d’água, paradoxalmente tanto salvam nosso globo de profundo congelamento como ameaçam superaquecê-lo.

A maioria dos cientistas concorda que o aumento da concentração dos gases-estufa no ar elevará as temperaturas globais, embora ninguém tenha certeza de exatamente como isto acontecerá. Poderia comparar tais gases a um termostato global. Por mais de cem anos, parece que o homem tem continuamente regulado o termostato global para que o tempo fique mais quente. “A queima de combustíveis fósseis (junto com outras atividades industriais e agrícolas) fez com que a concentração atmosférica de gás carbônico aumentasse aproximadamente 25 por cento desde cerca de 1860”, comenta Irving M. Mintzer, do Instituto Mundial de Recursos. “Crê-se que o aumento atmosférico da combinação de gás carbônico e outros gases-estufa, desde 1860, já tenha submetido a superfície da Terra ao aquecimento de aproximadamente 0,5 a 1,5°C acima da temperatura média global do período pré-industrial.”

É verdade que um ou dois graus não parece ser muita coisa, mas, com efeito, representa muito calor. “Para se ter idéia”, acrescenta Mintzer, “uma mudança na temperatura média global de apenas 1°C separa o regime climático atual da América do Norte e da Europa do regime da Pequena Era Glacial dos séculos 13 a 17”. Adicionalmente, não existem motivos de se pensar que o calor extra seja distribuído por igual. Um grau a mais durante um ano poderia vir em forma de muitos graus extras nos meses mais quentes do verão, com efeitos devastadores.

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