sexta-feira, 16 de abril de 2010

A luta pelo meio ambiente — êxitos e fracassos





CHERNOBYL, Bhopal, Valdez e Three Mile Island são nomes que associamos a desastres ambientais e nos lembram de que o nosso meio ambiente está sob ataque.

Várias autoridades e indivíduos têm dado avisos a respeito. Alguns manifestam a sua opinião tomando ações drásticas. Por exemplo, uma bibliotecária inglesa se acorrentou a um buldôzer para protestar contra a construção de uma estrada em uma região ecologicamente frágil. Duas aborígines australianas lideraram uma campanha contra a mineração de urânio num parque nacional. As operações foram suspensas. Embora bem-intencionados, esses esforços nem sempre são bem acolhidos. Por exemplo, um capitão da marinha durante o regime soviético ficou preocupado com reatores de submarinos nucleares afundados que poderiam provocar vazamentos radioativos. Quando publicou a localização deles, foi preso.

Além disso, várias organizações vêm alertando sobre perigos ao meio ambiente. Entre essas estão a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura; o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Greenpeace. Algumas só relatam problemas ambientais relacionados com seu trabalho. Outras se dedicam à causa de tornar públicas questões ambientais. O Greenpeace, por exemplo, é bem conhecido por enviar ativistas a regiões ameaçadas e por atrair a atenção do público a questões como o aquecimento global, as espécies em via de extinção e os perigos advindos de animais e plantas geneticamente modificados.

Alguns ativistas afirmam usar “confrontação criativa para expor os problemas ambientais globais”. Assim, empregam táticas como acorrentar-se aos portões de uma serraria para protestar contra a destruição de florestas centenárias. Outros, para protestar contra a decisão de certo país de romper a moratória da caça à baleia, fizeram manifestações diante das embaixadas daquele país levando enormes olhos, indicando desse modo que estão de olho no país.

E não faltam questões pelas quais lutar. Por exemplo, pessoas e organizações vêm alertando sobre o perigo da poluição da água. Mesmo assim, a situação não é nada promissora. Um bilhão de pessoas não tem acesso a água potável. Segundo a revista Time, “3,4 milhões de pessoas morrem por ano devido a doenças transmitidas pela água”. A poluição atmosférica é um problema similar. Segundo A Situação da População Mundial 2001, “estima-se que a poluição atmosférica mate 2,7 milhões de pessoas por ano”. E acrescenta que “a poluição atmosférica exterior causa danos a mais de [1,1 bilhão] de pessoas”. Citando um exemplo específico, afirma que “a poluição atmosférica por partículas finas é responsável por cerca de 10% das infecções respiratórias das crianças européias”. De fato, apesar dos avisos e das ações tomadas até agora, os problemas relacionados com esses elementos básicos para a vida só têm piorado.

Para muitos a situação é um paradoxo. Hoje, temos mais informações do que nunca sobre questões ambientais. Cada vez mais pessoas e organizações estão interessadas em ver a recuperação do meio ambiente. Governos estabelecem agências para ajudar a solucionar os problemas. A mais avançada tecnologia está disponível para se lidar com os desafios. Mesmo assim, as coisas não parecem melhorar. Por quê?

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