sexta-feira, 16 de abril de 2010

Será que os governos terão êxito?




Visto que a destruição do meio ambiente é um problema tão amplo, uma solução eficaz exigiria a cooperação de todos os governos do mundo. Em alguns casos, seus representantes demonstraram coragem elogiável, recomendando mudanças positivas que ajudariam o meio ambiente. Mas a realidade é que as histórias de sucesso são raras.

Um exemplo disso foi a cúpula internacional realizada no Japão em 1997. As nações debateram e discutiram os termos de um tratado de redução de emissões dos poluentes tidos como responsáveis pelo aquecimento global. Por fim, para a surpresa de muitos, chegou-se a um acordo, chamado de Protocolo de Kyoto. Regiões desenvolvidas, como a União Européia, o Japão e os Estados Unidos, reduziriam suas emissões de poluentes em média 5,2% até 2012. As perspectivas eram boas. Em princípios de 2001, porém, o governo norte-americano avisou que estava abandonando o Protocolo de Kyoto. Muitas pessoas ficaram chocadas, visto que os Estados Unidos, com menos de 5% da população mundial, produzem cerca de um quarto das emissões de poluentes. E outros governos estão demorando para ratificar o tratado.

O exemplo acima mostra como é difícil para os governos chegarem a soluções significativas. Não é fácil fazer com que vários governos se sentem à mesa de negociações, e mesmo então não é fácil conseguirem chegar a um consenso quanto a como lidar com questões ambientais. Mesmo quando se assinam tratados, algumas das partes podem mais tarde romper o compromisso firmado. Outros acham difícil fazer cumprir esses acordos. Em certos casos, os governos ou as companhias acham que não têm condições de assumir as despesas envolvidas no processo de restauração do meio ambiente. Em alguns lugares, o problema todo é, pura e simplesmente, a ganância — corporações poderosas pressionam os governos para que não sejam tomadas medidas que reduziriam seus lucros. É bem sabido que muitas empresas e companhias só querem explorar os recursos naturais ao máximo, sem se importar com as conseqüências a longo prazo.

Para complicar a questão ainda mais, nem todos os cientistas estão de acordo acerca da gravidade dos efeitos que a poluição terá sobre a Terra. Assim, aqueles que estabelecem as políticas ambientais dos governos não sabem até que ponto devem restringir o crescimento econômico para controlar um problema que talvez nem seja tão grande como se afirma.

Pode-se dizer que a humanidade está num beco sem saída. Todos sabem que existe um problema e que algo precisa ser feito a respeito. Alguns países se esforçam muito nesse sentido, mas de modo geral, os problemas ambientais estão piorando. Será que o destino da Terra é se tornar inabitável para o homem? No próximo artigo, analisaremos essa questão.

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