terça-feira, 20 de abril de 2010

Diminui a variedade




Infelizmente, apesar da beleza e da variedade das formas de vida, muitos pesquisadores dizem que o homem está causando a extinção das espécies a um ritmo alarmante. Como faz isso?

▪ Destruição do habitat. Essa é a principal causa de extinção. Inclui extração de madeira, mineração, desmatamento para pecuária, bem como construção de represas e rodovias em lugares antes selvagens. À medida que diminui o tamanho dos ecossistemas, as espécies vão ficando sem os recursos de que precisam para sobreviver. Ambientes naturais são fragmentados, degradados e eliminados. Rotas migratórias são afetadas. Diminui a diversidade genética. Populações locais de organismos vivos não conseguem se recuperar de doenças e outros fatores estressantes. Assim, uma após outra, as espécies vão sendo dizimadas.

A extinção de certas espécies pode até iniciar uma reação em cadeia, pois quando uma parte da cadeia biológica é eliminada, outras podem ser afetadas. A extinção de espécies fundamentais — como os polinizadores — pode afetar muitas outras espécies.

▪ Espécies exóticas. Quando o homem introduz uma espécie exótica num ecossistema, ela talvez ocupe nichos ecológicos que eram ocupados por outras espécies. Às vezes, a espécie exótica indiretamente muda tanto o ecossistema que supera espécies nativas, ou então traz doenças contra as quais as espécies nativas não têm defesa imunológica. Em especial em ilhas, onde as espécies ficaram isoladas por muito tempo e não tiveram de disputar o espaço com recém-chegados, os habitantes originais talvez sejam incapazes de se adaptar e sobreviver.

Um exemplo típico é uma alga “assassina”, a Caulerpa taxifolia, que está acabando com outras espécies marinhas no mar Mediterrâneo. Introduzida acidentalmente ao largo da costa de Mônaco, ela já começou a se espalhar pelo leito oceânico. É tóxica e não tem predadores conhecidos. “Podemos estar vendo o início de uma catástrofe ecológica”, diz Alexandre Meinesz, professor de biologia marinha da Universidade de Nice, França.

▪ Superexploração. Ela já causou a extinção de várias espécies. Um caso clássico é o do pombo-passageiro, que era a ave mais populosa da América do Norte no início do século 19. Durante sua migração, bandos de um bilhão de aves ou mais escureciam os céus por dias a fio. Mas no fim daquele século, ele já havia sido tão caçado que estava à beira da extinção. Em setembro de 1914, o último pombo-passageiro morreu num zoológico de Cincinnati, EUA. De modo similar, o bisão-americano, ou búfalo, das Grandes Planícies foi quase extinto pela caça excessiva.

▪ Crescimento da população humana. Em meados do século 19, a família humana tinha uma população de um bilhão. Um século e meio depois e tendo a população da Terra alcançado os seis bilhões, os humanos começam a se perguntar se não vão acabar ultrapassando os limites de seus recursos. Cada ano, à medida que a população humana continua a crescer, espécies se extinguem a um ritmo alarmante.

▪ Ameaça de aquecimento global. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, é possível que a temperatura suba 3,5 °C durante este século. Esse aumento talvez ocorra tão rápido que algumas espécies não sobreviverão. Segundo os pesquisadores, parece que um fator que contribui para a morte dos recifes de coral (que abrigam boa parte da biodiversidade marinha) é o aquecimento da água.

Os cientistas afirmam que o aumento de um metro no nível do mar eliminaria uma grande parte dos mangues costeiros no mundo, que abrigam uma enorme biodiversidade. Alguns acreditam que o aquecimento global está afetando as calotas glaciais da Groenlândia e da Antártida. Se elas derretessem, causariam uma catástrofe ambiental.

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