sexta-feira, 16 de abril de 2010

Modos de Preservá-la




O fato de existir grande dose de energia sendo desperdiçada em todo o mundo mostra que há possibilidades de ajustes. Segundo estatísticas do Banco Mundial, o norte-americano mediano gasta mais de o dobro da energia que as pessoas nos outros países industrializados.

Naturalmente, alguns talvez achem que não adianta realmente tentar preservar a energia. Afinal de contas, quanta diferença fará a frugalidade de alguns poucos? Sem considerar o que os outros façam, quem preserva a energia pode derivar benefícios — não só de economia financeira, mas também benefícios em termos de saúde e segurança.

Além de possuírem carros que fazem uso mais eficiente do combustível, os que desejam preservar a energia podem reduzir o consumo de combustível em qualquer carro. Um dos maiores desperdícios de gasolina é a velocidade. Afirma-se que se pode economizar até um quinto ou mais de gasolina por se dirigir a 90 km/h, ao invés de a uns 115 km/h. E existe outro benefício real para os que dirigem mais lentamente — a segurança. Embora alguns não concordem que a redução do limite de velocidade nos EUA, feito para 55 milhas horárias (90 km/h) em 1974 fosse o único motivo, todavia, reduziu-se em mais de 10.000 o número de mortos nas rodovias estadunidenses naquele ano, em comparação com 1973. Também, o número de mortes por 100 milhões de milhas (ou 160 milhões de km), baixou de 4,11 para 3,52. A República Federal da Alemanha, que não tem limite de velocidade em suas rodovias, possui uma taxa de mortes de mais do dobro dessa.

Além das grandes economias de energia resultantes de carros eficientes e menores velocidades, há inúmeras coisinhas que pode fazer para poupar gasolina. Embora cada uma delas só resulte em pequena economia, se consideradas juntas, o total pode ser significativo. O diagrama na página 6 alista alguns desses meios de poupar energia.

Outro método de poupar energia é evitar aquecer demais as casas e firmas no inverno, e refrigerá-las em excesso no verão. Os benefícios são mais do que financeiros. “Uma das causas mais comuns de ‘resfriar-se’”, afirma o Dr. Harry Johnson em Invitation to Health (Convite à Boa Saúde) “é o aquecimento excessivo das casas, lojas, escritórios, escolas e quase todo outro lugar onde as pessoas se juntam”. Ele observa que o ar quente demais, e seco em excesso, “tende a secar as vias aéreas do nariz e da garganta, e reduzir sua resistência à infecção”. E reduzir o termostato doméstico em apenas 3,3°C poderá poupar de 35 a 40 por cento nas contas de combustível. Não raro, poderiam ser reduzidas ainda mais caso se usassem roupas mais quentes dentro de casa.

Ainda maiores benefícios podem ser derivados por se reduzir o uso do ar condicionado. A maioria dos prédios com ar condicionado têm sido mantidos mais frios do que é necessário para o conforto. Natural é que alguns gostem de sentir mais frio e outros mais calor, mas há testes que revelam que 97 por cento das pessoas se sentem confortáveis com 26°C. E é preciso 60 por cento mais de energia para resfriar uma casa até 22,2°C do que a 26°C. Como medida para se poupar energia, o Governo dos Estados Unidos expediu uma diretiva, em julho de 1979, tornando ilegal resfriar prédios públicos abaixo de 26°C. O Dr. Stephen Rosen, perito em clima e saúde, afirma: “A refrigeração provavelmente retarda nossa aclimatização ao calor do verão”, e, como resultado disso, “os funcionários em instalações com ar condicionado tendem a sofrer mais doenças, a sentir-se mais desconfortáveis, a sentir mais dores de cabeça do que os que trabalham em espaços sem ar condicionado”.

Há muitas outras coisas que poderá fazer para conservar o combustível doméstico de aquecimento. O diagrama na página 7 alista algumas que, combinadas, podem reduzir significativamente seus custos. Por exemplo, em muitas casas, a insulação apropriada pode, por si só reduzir até à metade os custos de aquecimento, onde isso é costumeiro.

Nenhum comentário: