terça-feira, 27 de abril de 2010

Distância Exata do Sol

 Entre as muitas condições precisas que são vitais à vida na Terra acha-se a quantidade de luz e de calor recebida do sol. A Terra obtém apenas ínfima fração da energia solar. Todavia, trata-se exatamente da quantidade certa, exigida para a sustentação da vida. Isto ocorre porque a Terra se encontra precisamente à distância exata do sol — a média de 150.000.000 de quilômetros. Caso a Terra estivesse muito mais próxima ou mais distante dele, as temperaturas seriam ou quentes ou gélidas demais para haver vida.
 A Terra, ao percorrer sua órbita anual em torno do sol, move-se a uma velocidade de uns 107.000 quilômetros horários. Tal velocidade é exatamente a necessária para contrabalançar a atração gravitacional do sol e situar a Terra na distância apropriada. Se tal velocidade fosse diminuída, a Terra seria atraída pelo sol. Com o tempo, a Terra tornar-se-ia um deserto tórrido como Mercúrio, o planeta mais próximo do sol. A temperatura diurna de Mercúrio excede os 315 graus centígrados. Entretanto, se a velocidade orbital da Terra aumentasse, ela se afastaria mais do sol e poderia tornar-se um deserto gelado como Plutão, planeta cuja órbita é a mais distante do sol. A temperatura de Plutão é de cerca de 185 graus centígrados abaixo de zero.
 Ademais, a Terra completa continuamente sua rotação em torno de seu eixo a cada 24 horas. Isto fornece períodos regulares de luz e de escuridão. Mas, e se a Terra girasse em torno de seu eixo, digamos, apenas uma vez por ano? Significaria que o mesmo lado da Terra estaria voltado para o sol o ano inteiro. Esse lado, provavelmente, tornar-se-ia um deserto incinerante, ao passo que o lado sem sol provavelmente se tornaria um ermo com temperaturas abaixo de zero. Poucas coisas vivas, se é que alguma, poderiam existir em tais circunstâncias extremas.
 À medida que a Terra gira em torno de seu eixo, ela se inclina 23,5 graus em relação ao sol. Caso a Terra não fosse inclinada, não haveria mudança de estações. O clima seria o mesmo todo o tempo. Ao passo que isto não tornaria impossível a vida, torná-la-ia menos interessante e alteraria de forma drástica os atuais ciclos de colheitas em muitos lugares. Caso a Terra fosse muito mais inclinada, haveria verões extremamente quentes e invernos insuportavelmente frios. Mas a inclinação de 23,5 graus enseja a mudança deleitosa de estações, com sua pitoresca variedade. Em muitas partes da Terra, há primaveras revigorantes, em que as plantas e as árvores despertam e lindas flores desabrocham, verões quentes que permitem todo tipo de atividades ao ar livre, climas frescos de outonos, com esplendorosa exibição de folhas que mudam de cor, e invernos com lindas paisagens de montes, de florestas e de campos cobertos de neve.

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