terça-feira, 6 de abril de 2010

ONDAS ASSASSINAS: MITOS E VERDADES

ERA 17 de julho de 1998, uma sexta-feira tranqüila. Poucos minutos após o pôr-do-sol, homens, mulheres e crianças de diversos vilarejos da costa norte de Papua-Nova Guiné foram subitamente sacudidos por um terremoto de magnitude 7,1. “O choque principal”, disse a revista Scientific American, “sacudiu um trecho de 30 quilômetros (quase 19 milhas) do litoral . . . e repentinamente deformou o leito oceânico ao largo da costa. Em resultado disso, a superfície do mar, normalmente plana, de repente foi jogada para cima, originando um assustador tsunami”.

Uma testemunha ocular disse ter ouvido um estrondo como um trovão distante, que foi sumindo gradativamente. Por sua vez, o mar recuou aos poucos até ficar abaixo do nível da maré baixa. Poucos minutos depois, ele viu a primeira onda, de cerca de três metros de altura. Tentou fugir, mas ela o alcançou. Uma segunda onda ainda maior o arrastou por cerca de um quilômetro, até um mangue próximo, e arrasou seu vilarejo. “Os detritos dependurados no alto das palmeiras indicam que as ondas atingiram 14 metros de altura”, diz Science News.

As ondas gigantes daquela noite ceifaram a vida de pelo menos 2.500 pessoas. Ironicamente, uma madeireira mais tarde doou madeira para a construção de novas escolas, mas quase não haviam sobrado crianças para ir à escola. Praticamente todas — mais de 230 — foram mortas pelo tsunami.

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