terça-feira, 6 de abril de 2010

Quando a praia fica seca

Era 7 de novembro de 1837, uma noite tranqüila na ilha havaiana de Maui. Por volta das 19 horas, explica o livro Tsunami!, a água da praia começou a recuar, deixando recifes expostos e encurralando peixes. Entusiasmados, muitos ilhéus correram para pegar peixes, mas alguns, mais alertas, correram para regiões mais altas, possivelmente porque haviam aprendido de ocasiões anteriores o que se daria a seguir. Logo, uma onda enorme surgiu velozmente e arrastou a aldeia inteira — as 26 casas cobertas de capim, os habitantes e o gado — mais de 200 metros terra adentro e despejou tudo em uma lagoa.

Naquela mesma noite, milhares de pessoas estavam reunidas numa praia em outra ilha para assistir a um programa religioso. Novamente, o súbito recuo da água fez com que uma multidão de havaianos curiosos corresse para a praia. Daí, uma onda gigante, mais de seis metros acima do nível normal da maré alta, surgiu do nada e dirigiu-se para a praia “com a velocidade de um cavalo de corridas”, segundo uma testemunha ocular. Quando a água voltou para o mar, arrastou até os melhores nadadores, alguns dos quais se afogaram devido ao cansaço.

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