terça-feira, 6 de abril de 2010

Em harmonia com a natureza




O pavilhão do Japão parecia um enorme casulo, com uma cobertura feita de 23 mil bambus trançados que o protegiam do calor do sol. Os bambus tinham em média 7 metros de comprimento e a construção tinha 19 metros de altura, 90 metros de comprimento e 70 metros de largura — uma das maiores estruturas de bambu do mundo. O pavilhão tinha um sistema esférico de reprodução de imagens em 360 graus. Dentro da esfera de 12,8 metros de diâmetro e completamente rodeados por imagens em movimento, os visitantes podiam ter a sensação de estar, por assim dizer, em harmonia com a Terra e sua grande quantidade de vida.

Com apresentações multimídia, o pavilhão da Malásia mostrava suas florestas tropicais e seus recifes de corais. No pavilhão da Tailândia, imagens comoventes do tsunami de 26 de dezembro de 2004 lembraram aos visitantes que “o homem não é o mestre da natureza”. Chamando a atenção para a ameaça da extinção, a exposição da África do Sul mostrou a réplica de um quaga, mamífero parecido com a zebra. Esse animal vagueava nas planícies do sul da África até que, por causa da caça, entrou em extinção no século 19.

Numa vitrine refrigerada ao lado do pavilhão temático da exposição, estavam os restos mortais de um mamute desenterrado em 2002 do solo congelado da Sibéria, Rússia. Chamado de Mamute de Yukagir por causa do local em que foi encontrado, esse exemplar de uma espécie extinta de elefante tinha duas enormes presas curvas, estava com os olhos parcialmente abertos e na cabeça ainda havia pele e tufos de cabelo. Espécime surpreendente, o mamute serviu como outro triste lembrete da extinção.

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