quinta-feira, 8 de abril de 2010

Melhoramentos de baixo custo que funcionam

POUCO menos da metade da população do mundo, informa o Banco Mundial, subsiste com cinco dólares, ou menos, por semana. Ainda que este seja o caso, dizem os especialistas, há medidas, de comprovada eficácia, que você poderá tomar. Informe-se a respeito, porque a informação, acentua o peruano Alberto Giesecke, perito no assunto, “é uma das principais medidas de redução [dos efeitos de uma tragédia] a baixo custo”. Eis dois exemplos da América do Sul:

  O manual Mitigating Natural Disasters (Como Reduzir os Efeitos dos Desastres Naturais), da ONU, explica como construir melhores casas de adobe, ou barro:

□ Em terreno montanhoso, escave a terra para formar uma plataforma para a casa.

□ Casas quadradas são mais fortes; se for preciso ser retangular, construa de tal modo que o comprimento seja duas vezes e meia maior do que a largura.

□ Use fundações de pedra ou de concreto para amortecer as forças sísmicas.

□ Construa paredes paralelas com o mesmo peso, resistência e altura. Faça-as finas e baixas. Casas desse tipo sofreram menos danos durante terremotos do que as casas de barro tradicionais.

□ O tradicional sistema de entrelaçamento (quincha) é outra técnica de construção de eficácia comprovada. As casas tipo quincha, diz Stop Disasters, têm uma armação de colmos e pequenos ramos entrelaçados, sustentados por varas ou estacas horizontais e verticais, e pouco enchimento de terra. Este tipo de estrutura, com paredes de 10 a 15 centímetros de espessura, permite que as casas tremam num terremoto, e, quando o terremoto acaba, a casa se reajusta à posição original. Num terremoto em 1991, todas as casas desse tipo permaneceram em pé, ao passo que 10 mil outras casas, com sólidas paredes de um metro de espessura ruíram completamente, matando 35 pessoas. Segundo John Beynon, arquiteto da UNESCO, os terremotos não matam as pessoas; o que mata são casas ou edifícios que desmoronam.

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