terça-feira, 6 de abril de 2010

Movimentos Preliminares da Crosta



Por um lado, a fim de prever um terremoto, os geólogos procuram sinais de deformações da superfície do solo. Crê-se que as grandes placas da crosta exterior da terra se movem lentamente por sobre a sua superfície. Existem “falhas” geológicas no ponto em que duas placas entram em contato. No caso de uma placa sobressair a outra o solo pode ser lançado para cima. Por outro lado, no caso de uma placa deslizar sobre a outra, talvez haja deslocação horizontal das linhas que cruzam a falha.

Tais movimentos equivalem a apenas alguns centímetros por ano, não sendo, portanto, óbvios. No entanto, podem ser detectados por pesquisas exatas feitas durante um período de anos. A chamada protuberância de Palmdale, ao norte de Los Ângeles, Califórnia, EUA, é uma área de cerca de 12.000 quilômetros quadrados que está sendo erguida. Situa-se agora até a 25 centímetros acima da altura que possuía há quinze anos atrás. Isto sugere que se cria uma tensão que, por fim, será liberada por um terremoto.

Mais ao norte, ao longo da Falha de San Andreas, na Califórnia, as pesquisas mostram que, durante muitos anos, o solo do lado oeste está deslizando alguns centímetros para o norte contra o solo do lado leste. Na vizinhança da cidade de Hollister, tal movimento é efetuado por uma série mais ou menos regular de pequenos terremotos ao longo da falha. Ainda mais para o norte, onde a falha atravessa São Francisco, não existe tal atividade. Parece que aqui os dois lados da falha se têm encaixado desde o grande sismo de 1906. Caso isto seja verídico, leva à ominosa conclusão de que, quando a tensão acumulada atingir a força limite das rochas, será subitamente liberada por outro desastroso terremoto.

Métodos comuns de inspeção podem revelar aos sismólogos onde é provável que ocorra um terremoto, mas só podem fornecer ligeira idéia de quando acontecerá, ou de quão forte será. Recentemente, utiliza-se o laser para a inspeção precisa na área do Hollister. Com isto, podem ser medidos mais exatamente os movimentos das “referências de nível” dos lados opostos da falha. Por conseguinte, podem ser detectados mais cedo os pequenos movimentos. Isto promete ser de ajuda em tornar mais precisa a previsão do tempo dos terremotos.

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