terça-feira, 6 de abril de 2010

Outros Sinais de Alerta



Outros tipos de medições que podem ser úteis na previsão das ocasiões e das magnitudes dos terremotos se baseiam com estudos de laboratórios das rochas. À medida que se submete uma rocha a cada vez maior tensão, ela apresenta sinais de tensão muito antes de romper-se. A rocha parece começar a inchar à medida que diminutas fissuras se formam e aumentam nela. Isto modifica várias propriedades da rocha, que podem ser medidas, não só em laboratório, mas também na crosta terrestre. Entre tais efeitos, acham-se: (1) um aumento do volume da rocha; (2) a alteração de sua resistência elétrica; (3) mudanças acompanhantes no campo magnético local; e (4) aumento da permeabilidade ao gás ou à água. Todos eles sugerem possíveis medições no campo que podem fornecer sinais precursores de impendentes terremotos.

Quando a rocha incha, poderá mudar ligeiramente de posição. Um oscilógrafo (parecido ao nível de carpinteiro, porém muito mais sensível) pode ser colocado na rocha para indicar tal inclinação. Uma série de tais instrumentos, espalhados pela Falha de San Andreas por cerca de 85 quilômetros, forneceu os indícios precursores em que se baseou, principalmente, a previsão de Hollister em novembro de 1974.

A resistência elétrica das rochas numa região sísmica pode ser medida por se alimentar correntes a eletrodos colocados no solo, a vários quilômetros de distância, e por se medir a voltagem em outros eletrodos. Os estudos feitos na U. R. S. S. mostram que um decréscimo na resistência poderá ocorrer gradualmente, por um período de vários meses, antes dum terremoto. Às vezes, a mudança se inverte pouco antes do sismo. Similarmente, um instrumento de medição do campo magnético da terra, com uma precisão de uma parte em cem mil, poderá indicar impendente terremoto, através de leituras incomuns. Antes do tremor de Hollister foram vistas mudanças magnéticas.

O aumento da porosidade das rochas, antes que se rompam, parece enquadrar-se na observação de que se encontra mais radônio do que o normal na água de poço antes dum sismo. O radônio é um gás radioativo produzido por vestígios de urânio das rochas. Quando ocorrem fissuras, devido à crescente tensão, mais radônio consegue escapar para a água subterrânea. Os instrumentos de detecção desta emanação são extraordinariamente sensíveis e podem ser usados para o controle dos poços através duma região sísmica.

A inchação das rochas também parece explicar as mudanças amiúde observadas no nível de água dos poços antes dum terremoto. Tudo que tais observações exigem é que alguém persista em observar poços selecionados e relate quaisquer mudanças. Uma equipe de amadores no Japão afirma poder prever terremotos usando apenas este método.

Têm surgido histórias de que os animais se comportam de modo estranho pouco antes dum terremoto. Diz-se que os cavalos se tornam espantadiços, os cães fogem correndo de casa, os ratos abandonam os prédios e as galinhas não querem ficar no poleiro. Na selva, os esquilos e as aves emigram, e as cobras deixam em massa suas tocas. Nos zoológicos, os macacos entram em pânico, os pavões berram, os cisnes abandonam a água, e os pandas gemem e dançam. Tais relatos são levados a sério na China, e são incluídos entre os dados mais “científicos” na previsão de terremotos. Alguns cientistas ocidentais começam agora a inclinar-se mais a estudar o comportamento animal como outro precursor possivelmente útil de terremotos.

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