sexta-feira, 9 de abril de 2010

Substâncias químicas: amigas e inimigas?




TOMAMOS muitas decisões na vida pesando as vantagens contra as desvantagens. Por exemplo, muitos compram um carro por causa das conveniências que ele oferece. Mas, contra essas conveniências, é preciso pesar o custo de ter um carro — o seguro, o licenciamento, a depreciação — e a sua manutenção. Também é preciso considerar o risco de ferimentos ou de morte devido a acidentes. A situação é bem parecida com a das substâncias químicas sintéticas — é preciso pesar as suas vantagens contra as suas desvantagens. Tome como exemplo a substância MTBE (metil-tércio-butil-éter), um aditivo de combustível que melhora a combustão e reduz as emissões do veículo.

Graças em parte ao MTBE, o ar em muitas cidades americanas há anos nunca foi tão limpo como agora. Mas o ar mais limpo “tem o seu preço”, diz a revista New Scientist. Isso porque o MTBE é um cancerígeno em potencial, e tem vazado de dezenas de milhares de tanques de gasolina subterrâneos, muitas vezes contaminando o lençol freático. Em resultado disso, 82% da água de certa cidade agora tem de ser trazida de outro lugar, a um custo anual de 3,5 milhões de dólares! A revista New Scientist diz que esse desastre “poderá vir a ser uma das mais graves crises de poluição do lençol freático nos EUA por anos”.

Algumas substâncias químicas foram proibidas e totalmente retiradas do mercado devido aos danos que causavam ao meio ambiente e à saúde. ‘Mas por que’, você talvez se pergunte, ‘isso acontece? Não são todas as substâncias químicas submetidas a um bom teste de toxidade antes de serem liberadas?

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