terça-feira, 6 de abril de 2010

Que Provoca os Terremotos?



As predições de terremotos baseiam-se em várias teorias quanto às causas, e as predições diferem na exatidão. Assim como há terremotos espetaculares que sobrevêm sem predições, assim há também predições espetaculares que não se cumprem. Em 1976 um geofísico estadunidense, dr. Brian Brady, começou a predizer um grande terremoto para Lima, Peru. Mais tarde ele limitou a data do desastre para em torno de agosto de 1981. Nunca antes um cientista havia-se aventurado a predizer com tanta antecedência o local, a hora, e a magnitude exatos de um terremoto. A predição do dr. Brady não visava o público, mas é difícil manter em segredo tais notícias, e quando ela se espalhou provocou considerável consternação na capital peruana. Em julho o dr. Brady retratou-se quanto ao que predissera, e o mês de agosto veio e se foi sem qualquer terremoto.

Enquanto isso, o que se passa no subsolo? Ninguém sabe ao certo. A maioria dos cientistas crêem que os terremotos ocorrem quando as pressões no interior da terra se elevam, finalmente provocando a ruptura dos maciços estratos de rocha como um lápis ao ser encurvado até quebrar. Algumas vezes as pressões parecem ser causadas por maciços continentes portadores de “placas tectônicas”, que se friccionam mutuamente para dentro, por cima e por baixo. A famosa falha de Santo André, no sul da Califórnia, EUA, acha-se na divisa de duas dessas placas. Outras vezes, no entanto, os terremotos podem ocorrer em fossas dentro de uma placa por razões não bem compreendidas, como quando fortes terremotos alteraram o curso do rio Mississípi, nos Estados Unidos central, em 1811.

Muitas vezes os cientistas podem informar quando as pressões se elevam no subsolo, mas isto não é suficiente para uma predição. Quão sólidas são as rochas em determinada área? Quanta pressão podem suportar antes de sofrerem uma ruptura? Liberarão as pressões em séries de pequenas rupturas ou num estrondo cataclísmico? A predição do dr. Brady para o Peru baseava-se nas suas teorias sobre como as rochas sofrem ruptura, mas essas teorias necessitam obviamente de mais estudo.

Com ou sem predições, haverá quase que certamente mais terremotos graves em lugares como o Peru, onde as pressões das rochas do subsolo são implacáveis. Mas esse conhecimento em si mesmo não é muito útil. As pessoas querem saber quando, e onde, e quão grave será o próximo terremoto. Poderá censurá-las?

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