sexta-feira, 9 de abril de 2010

São confiáveis os testes em animais?

Além de levantar questões éticas quanto à crueldade, testar toxinas em animais levanta outras questões. Por exemplo, diferentes animais não raro reagem de maneira bem diferente a substâncias químicas. Uma pequena dose da altamente tóxica dioxina mata uma porquinha-da-índia, mas é preciso aumentar 5.000 vezes essa dose para matar um hamster (gênero de roedores)! Até mesmo espécies bem aparentadas, como ratos e camundongos, reagem de maneira diferente a muitas substâncias químicas.

Portanto, se a reação de certa espécie de animal não é prognóstico seguro da reação de outras espécies, que certeza podem os pesquisadores ter de que determinada substância será tolerada com segurança por humanos? Na verdade, eles não podem realmente ter certeza.

A tarefa dos químicos certamente é difícil. Eles precisam agradar os que esperam pelas suas criações, apaziguar os que zelam pelo bem-estar dos animais e convencer as suas próprias consciências de que seus produtos são seguros. Por isso, alguns laboratórios agora testam substâncias químicas em células humanas em cultura. O tempo dirá, contudo, se isso permitirá dar garantias de segurança confiáveis.

Nenhum comentário: